sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Capítulo 04


CAPÍTULO 4 Í
Lauren sentiu receio quando Wrath a levou até o fim de um longo corredor, que abria em uma grande sala. Havia uma mesa de sinuca no canto. Sofás, mesas e uma grande televisão no centro, e em um canto havia uma pequena cozinha com uma geladeira grande, armários, um balcão e uma pia. Havia também uma mesa e cadeiras. Ali foi aonde sua atenção fixou e deteve-se com medo.
Uma mão agarrou seu cotovelo suavemente e Lauren arremessou seu olhar até o rosto de Wrath. Deu-lhe um sorrisinho. — Está tudo bem, Lauren. Estes são os machos com quem trabalho. Você conheceu um deles.
Ela não teve nenhuma escolha a não ser chegar mais perto da mesa, já que Wrath segurou seu braço e a arrastou. Dois homens estavam sentados à mesa em lados opostos. Um deles era o grande loiro do armazém, sem seus óculos escuros, e seus olhos estavam claramente exibidos. Ele era obviamente um Nova Espécie. Tinha olhos azuis, diferentemente de Wrath, mas suas características eram semelhantes. O homem loiro franziu a testa enquanto os observava se aproximarem.
— Este é Shadow. Wrath o apresentou.
Shadow olhou para Wrath. — Por que ela está fora da cela de confinamento? Estudou-a com um rápido olhar. — Seu perfume estava te incomodando tanto quando a interrogava que a fez vestir suas roupas? Fungou —Admito que prefiro estar em sua presença agora do que antes.
Wrath ignorou Shadow. Moveu a cabeça em direção ao segundo homem. — Este é Brass.
Lauren estudou o homem com cabelos e olhos marrons quase pretos. Também era grande, tinha ombros largos, e era tão musculoso quanto Wrath e Shadow. Brass também franziu a testa.
— Por que ela está aqui fora? Nós estávamos tentando intimidá-la.
Wrath hesitou. —Discutiremos isso mais tarde. Agora ela precisa de comida. Acredito que não seja a namorada de Bill, só trabalha com ele. Ela me contou que ele disse que gosta de ir em um bar perto de sua casa. Nós devíamos mandar Tim enviar uma equipe para lá e vigiar o local. Talvez ele apareça se for um lugar que visite regulamente.
Passos soaram atrás de Lauren e ela virou a cabeça. Vengeance entrou na sala. Tinha mudado a roupa para uma camisa regata e short de algodão. A roupa mostrava seus grandes músculos. Deu lhe apenas um olhar, antes que o terror a golpeasse mais rápido que um raio. Gemeu e saiu do aperto de Wrath. Ela tropeçou para trás, procurando um lugar para correr.
Wrath moveu-se rápido e agarrou Lauren ao redor da cintura. Os braços fortes a arrastaram contra seu tórax. Ele virou de um modo que a bloqueou da fonte de seu medo, e olhou para baixo. — Está tudo bem, Lauren. Ele não tocará em você novamente.
Seus dedos arranhavam a camisa de Wrath. Ela não tentou fugir, ao invés disso agarrou-se nele. Ele a salvou uma vez e sentia-se segura amontoada contra sua grande estrutura.
—O que está acontecendo? Brass permaneceu parado. — Posso sentir puro terror vindo dela.
—Essa é uma reação interessante à Vengeance. É a careca dele? Parece estranho. Ela estava muito distraída para notá-lo quando a levamos do prédio? Shadow riu. — Você está bem, Wrath? Você precisa de ajuda antes dela subir em você?
Wrath rosnou e seu corpo ficou tenso contra o dela. O som era maligno e ameaçador. Lauren tentou afastá-lo e fugir, mas seus braços estavam firmemente presos em torno de sua 35

cintura. Uma de suas mãos esfregava suas costas, quando fez outro som assustador.
— Viu, Vengeance? Viu o que fez? Se não pode conter seu temperamento, então devia voltar para a Reserva até que consiga.
Outro grunhido soou dentro da sala. —Eu disse que sentia muito.
— Sentia muito pelo que? Brass rosnou agora. —O que você fez Ven?
— Eu a assustei — Vengeance admitiu.
— Como? Acho que se pudesse subir em Wrath para escapar de você, ela iria. Shadow ainda soava bravo. —Você cruzou a linha?
— Ela fazia sexo com aquele monstro. A voz de Vengeance se aprofundou. — Eu perdi o controle. Ela o está protegendo quando não deveria. Vou dar um passeio.
Longos segundos se passaram, mas Lauren não estava disposta a largar Wrath, até que estivesse certa de que Vengeance tivesse ido embora. Brass finalmente falou.
— O que aconteceu?
Wrath continuou a esfregar as costas de Lauren. — A ouvi gritar e corri até lá. Ele tinha rasgado sua roupa e estava prestes a forçá-la a acasalar com ele para conseguir fazê-la falar. Pensou que se acasalasse com ela, faria com que fosse leal a ele.
— Filho de uma puta, Brass rosnou. — Não admira que tenha reagido tão intensamente. Ela está bem?
Os braços de Wrath ainda agarravam Lauren, mas disse. — Ele se foi. Pode me soltar agora.
Lauren o largou e andou para trás. Debruçou-se para os lados para olhar ao redor de Wrath, para ter certeza que Vengeance realmente tinha ido. O medo enfraqueceu e olhou para seu herói. Wrath a observava calmamente. — Obrigado. Engoliu.
Wrath tocou em Lauren e a virou para enfrentar os dois Novas Espécies. Estavam agora a poucos centímetros de distância. Lauren ofegou e depressa pôs mais espaço entre eles. Suas costas esmagaram no tórax de Wrath. Os braços dele envolveram livremente ao redor da sua cintura para ancorá-la.
— Calma, ele incitou. — Você está segura.
Shadow sorriu, mas isto pareceu forçado. — Não vamos machucá-la. Só tentamos assustá-la para que nos desse informações, mas nunca esteve em qualquer perigo real. Nós não machucamos fêmeas.
A expressão de Brass era severa. — Ven nunca deveria ter tocado em você daquele modo. Não toleramos acasalamentos forçados ou tratamento físico rude com as fêmeas.
— Fui cuidadoso para não machucar você quando a pus na mesa. Shadow franziu a testa. — Era só para te abalar um pouco, mas Wrath disse que fui muito longe. É por isso que nós deixamos você sozinha. Desculpe-me.
— Eu expliquei. Seus pulsos estavam um pouco feridos das algemas, quando lutou para fugir de Vengeance, mas coloquei um curativo. Wrath suavemente afastou Lauren alguns centímetros de seu corpo. — Trouxe-a aqui para pegar algo para comer e beber. Seu estômago ronca de fome.
Brass suspirou. — Você deve pensar o pior de nós. Peço desculpas pela raiva de Ven.
Wrath a soltou. —Ela não gostou muito de saber que teria que ficar aqui até que capturemos Bill.
— Quem gostaria de ser prisioneiro? Shadow virou e se sentou, mas seu olhar permaneceu em Wrath. — Estou chocado por você não ter arrancado a cabeça dele, quando se deparou com aquilo.
— Eu teria se não se acalmasse. Wrath estava sombrio. — Brass, você poderia conversar com ele. Não tem que fazer parte desta missão, se não puder controlar sua raiva. Devia retornar a 36

Reserva. Eles lidam com machos irritados lá muito melhor que em Homeland.
Brass assentiu. — Irei dar uma palavra com ele. Pausou. — Ela é sua responsabilidade, Wrath. Parece mais à vontade com você do que com o resto de nós.
Wrath empalideceu. — Pensei que nós poderíamos entregá-la para a força tarefa lidar com isso.
Shadow balançou a cabeça. — Não. Seus olhos azuis viajaram sobre o comprimento do corpo de Lauren. — Me sentiria melhor se ela ficasse conosco. Estou certo que são bons, mas não conhecemos estes humanos bem o suficiente, para termos certeza de podem ser confiáveis com uma fêmea. Nós a trouxemos aqui. Deve ser nossa responsabilidade protegê-la, até que seja libertada.
— É nossa responsabilidade protegê-la. Brass concordou. — Sei que isto não precisa ser dito, mas não a deixe com Ven. Estou certo de que está bem agora, mas seu comportamento está alarmante. Talvez ele não esteja tão estável quanto parece. Estamos todos sob muita tensão nesta missão. Estou certo de que a fêmea não irá querer ser deixada em qualquer lugar próximo dele.
Wrath franziu a testa. — Onde a ponho?
Brass encolheu os ombros. — Perto de você.
Shadow assentiu. — Melhor você do que eu.
Lauren arremessou um olhar para os três homens. Brass parecia indiferente, Shadow parecia desconfortável, e Wrath com a testa franzida. Era claro que não queria ficar preso a ela, nem os outros dois. Poderia ser a hora para tentar ganhar sua liberdade novamente.
— Não posso apenas ir para casa? Por favor? Não direi nada a Bill. Quero que vocês o peguem.
Três pares de olhos a encararam com expressões sombrias e ela engoliu. Ninguém disse uma palavra. Suspirou e sabia que não iria a lugar nenhum.
— Tudo bem. Estou com fome. Estava prestes a jantar com minha amiga quando recebi o telefonema para mostrar o armazém. Não consegui comer.
Wrath distanciou-se dela. — Sente-se. Você gosta de rosbife ou sanduíche de presunto? Farei um para você.
— Rosbife, por favor. Nenhuma mostarda. Sou alérgica.
— Entendo. Wrath manteve-se de costas quando começou a puxar as coisas da geladeira para fazer um sanduíche. — Alimentá-la deve ser fácil.
Ela sentou-se e olhou para Shadow enquanto Brass deixava a sala. Segurou o olhar dele no seu e franziu a testa. Embora continuasse olhando para seu cabelo.
— O que? Tocou em sua cabeça, sentiu o coque ainda no lugar, e nenhuma parte dele saindo. — Tem alguma coisa em meu cabelo? Diga que não é uma teia de aranha. Odeio aranhas.
— Nenhuma aranha está aí. Por que faz isso no seu cabelo? Parece desconfortável.
Deixou sua mão cair. — Pareço mais profissional com meu cabelo para cima. Devia cortá-lo, mas sempre tive o cabelo curto quando criança. Sempre quis o cabelo longo, então deixei crescer quando arranjei meu próprio lugar depois do ensino médio.
— Por que não parou de cortá-lo quando era jovem?
Ela hesitou. — Meus avós me criaram. Minha avó dizia que era mais fácil de cuidar se fosse curto, e meu avô tinha medo que meninos me notassem, então concordou com ela. Eles me faziam cortar a cada poucos meses, até que saí de casa. Era a casa deles, suas regras. Sorriu.
— Você pode soltá-lo, por favor? Estou curioso.
Lauren encolheu os ombros. Alcançou a parte de cima e começou a puxar os grampos. Sabia que pareceria bagunçado, mas quis satisfazer sua curiosidade. Entendia desde que tinha uma 37

tonelada de perguntas sobre os Novas Espécies. Percebeu que poderia parecer como uma estranha para ele como pareciam para ela.
Colocou os grampos na mesa e desenrolou seu cabelo e então puxou o rabo-de-cavalo. Correu seus dedos por seu cabelo bagunçado, feliz por tê-lo soltado, já que normalmente o escovava antes de ir pra cama, e encontrou o olhar de Shadow para ver sua reação.
Seus lábios estavam separados e seus olhos azuis arregalados enquanto olhava em seu cabelo. Piscou algumas vezes, mas finalmente sorriu. — É bonito e mais longo do que eu pensava que seria. Sinto falta do meu cabelo longo.
Olhou para seu cabelo curto. — Por que você cortou se gosta dele longo?
— A missão era mais importante e crescerá. Seu sorriso enfraqueceu. — Tive de cortá-lo para parecer mais humano e me encaixar na força tarefa. Não era tão longo como o seu, mas passava dos ombros.
Ela podia entender isso. — Mantenho o meu para cima por causa do trabalho. Talvez em vez de cortar deveria tê-lo prendido.
Vidro quebrou na área da cozinha. Lauren virou a cabeça na direção do som alto. Wrath olhava fixamente para Lauren, boquiaberto, e o prato que segurava com seu sanduíche estava quebrado no chão a seus pés, onde o soltou.
Shadow riu. — É bonito, não é? Muito mais longo do que eu pensava.
O rosto de Wrath apertou e seu olhar abaixou para o chão. Um grunhido rasgou de sua garganta enquanto abaixava e começava a limpar a bagunça. Lauren estava confusa e olhou para Shadow.
— Ele acabou de rosnar? Pensei que tinha imaginado isto.
— Todos nós rosnamos. É a mudança em nós. Nós grunhimos também. Uivamos. Ele riu. — Nós mostramos os dentes também. Você já os viu?
Balançou a cabeça. — Eles parecem com dentes comuns.
— Isto é porque aprendemos a só abrir nossas bocas até certo ponto, perto dos humanos. Praticamos falando e sorrindo na frente de um espelho, então não assustamos os humanos quando lidarmos com eles. Você gostaria de ver meus caninos?
Hesitou. — Certo, se não chegar muito perto.
Ele riu e abriu bem a boca. Lauren não pôde evitar de ficar boquiaberta. Engoliu com força. Os dentes de Shadow eram graciosamente brancos e pareciam humanos até que suas presas fossem reveladas. Eram mais longos que os caninos de uma pessoa normal e se transformavam em pontos mais afiados no final. Lentamente os escondeu.
— Somos todos caninos em nossa equipe. Foi com isso que fomos misturados. As misturas de felinos têm a mesma anomalia, só que rugem quando ficam sentimentais. Nós uivamos e grunhimos. Encolheu os ombros. — Todos nós rosnamos. Não fique alarmada quando ouvir isso. Nós fazemos frequentemente. Não quer dizer que estamos bravos.
— Felino?
— Alguns do nosso povo foram misturados com felinos de raça grande, o que nós acreditamos que sejam leões, tigres, e os grandes gatos pretos—seu povo os chamam de panteras. É só uma suposição, têm olhos como os de gato e rugem. Os caninos são perseguidores e lidam melhor uns com os outros. Nosso sentido de cheiro é mais forte e apreciamos companhia. Os felinos são mais rápidos e podem saltar um andar ou dois de altura. A maior parte deles não são muito sociáveis, a longo prazo. Preferem situações solitárias.
— Mas Justice North é felino, não é?
— Ele é exceção. Ele é felino, mas é muito sociável. 38

— Eu o vi no noticiário muitas vezes. Ele parece bem legal.
— Ele é.
— Aqui. Wrath colocou a comida e uma lata de refrigerante na frente dela.
Cuidadosamente estudou o sanduíche.
Shadow riu. — Não é o que caiu no chão. Ele fez outro.
Lauren corou, envergonhada que tivesse adivinhado o que estava pensando. Virou sua cabeça e olhou fixamente para Wrath. — Obrigada.
Sentou-se próximo a ela, mas sua atenção permaneceu focada em seus cabelos. Por qualquer razão, parecia fascinado pela visão de seu cabelo loiro, que fluía abaixo em suas costas quase na cintura. Encolheu mentalmente os ombros. Shadow disse que eles gostavam de cabelos longos.
O sanduíche de rosbife estava bom, ele pôs maionese, queijo e alface fresca. Sorriu para ele.
— Obrigada. Isto está ótimo. Gostei muito. Lauren abriu seu refrigerante.
Wrath virou a cabeça para olhar para Shadow. — Você devia protegê-la e mantê-la perto de você.
Os olhos de Shadow estreitaram. — Não.
Wrath rosnou. — Por favor.
Shadow olhou fixamente de um para o outro por muito tempo. Lauren comeu e observou os dois homens, perguntando-se se silenciosamente se estavam comunicando-se. Parecia como se estivessem tendo algum tipo de discussão muda, enquanto seus olhos estreitavam um para o outro e faziam alguns movimentos faciais estranhos ao redor da boca.
— Você dois estão lendo os pensamentos um do outro?
Ambos viraram para olhar para ela.
— Não. Shadow esboçou um sorriso. — Mas seria legal se pudéssemos. Estávamos apenas estudando um ao outro. Existem algumas coisas entre nós que não precisam ser ditas. Somos da mesma instalação de teste, e passamos todo nosso tempo juntos desde que fomos libertados. Conhecemos um ao outro bem o suficiente para entender como o outro pensa. Seu olhar virou para Wrath. — Não.
Wrath parecia com raiva. — Ela estaria mais segura com você.
As características de Shadow suavizaram. — Não foi sua culpa que tenha tentado atacar uma fêmea quando estava drogado em cativeiro, Wrath. Você tem de superar isso. Você é mais forte que o condicionamento, e isto será uma maneira perfeita de fazer isso.
Wrath de repente ficou parado. — Como?
— Você não a machucará e é muito mais forte do que acredita. Nós dois sabemos que ela não é um dos humanos que nos fizeram mal. Ela não teve nenhuma participação nas coisas que aconteceram, e as drogas não estão mais em nossos corpos. Você ficará bem.
— Você está mais disposto do que eu.
Shadow franziu a testa. — Tenho as mesmas memórias que você. Nós compartilhamos aquele inferno juntos e você era mais forte. Fui dosado demais porque não conseguia administrar minha raiva. Ela confia em você e você não trairá isso.
Lauren imaginou que a “ela” de quem falavam era ela. — Sobre o que estão conversando?
Shadow lentamente se levantou. — Nossa vida em cativeiro. É um assunto particular.
Isso a fez perceber que ultrapassou um limite. Terminou sua comida enquanto continuavam se olhando fixamente. Wrath finalmente quebrou o silêncio.
— Você também tem medo.
— Sempre, Shadow admitiu. — Você sempre foi mais forte do que eu. 39

Wrath quebrou o contato com seu amigo para olhar severamente para ela. — Lauren? Vamos. Você ficará comigo em meu quarto. Pode ficar com a cama e dormirei no chão. Não a machucarei.
Ela estava chocada. — Tenho que dormir em seu quarto com você?
Ele hesitou. — Você preferiria dormir no quarto de Vengeance?
Ficou imóvel com pernas trêmulas. — Estou pronta para ir com você.
Shadow riu. — Isso foi fácil.
Wrath rosnou para ele e agarrou o braço de Lauren suavemente. — Pode limpar os pratos. Verei você bem cedo de manhã.
— Confie em si mesmo. Shadow gritou quando partiam.
Lauren estava desconfortável quando Wrath a levou de volta para seu quarto. Ele fechou a porta atrás deles, um olhar severo em suas características masculinas. Imediatamente a soltou, moveu-se alguns centímetros de distancia, e parecia tão pouco a vontade quanto se sentia, trancados dentro de um quarto, juntos. Isto a fez sentir-se um pouco melhor, sabendo que ele não estava empolgado em terem que passar a noite juntos.
Finalmente olhou para ela. — Não tem nenhuma televisão, mas tenho um rádio e alguns livros na cômoda. Vou tomar um banho. Ele mudou sua postura. — Não saia do quarto. Vengeance está lá fora e não quero que haja razão para confrontá-la. Ele acreditará que você está fugindo e está estressado emocionalmente. A cama é sua. Estou certo que está muito cansada, depois de tudo o que passou. Descanse.
Caminhou para a cômoda para agarrar uma muda de roupa, antes de se trancar no banheiro. Lauren olhou em volta do quarto, esperava que fosse apenas por uma noite, e sentiu falta do seu próprio quarto. Sentou-se na cama. O colchão era mais firme do que gostava, mas Wrath não era do tipo que curtia roupas de cama.
Seus braços abraçaram sua cintura, enquanto ouvia a água ser ligada no banheiro, ainda não podia acreditar que estava com um Nova Espécie e que a sequestraram. Wrath era sexy, tinha de admitir isso, e a salvou de Vengeance.
Mordeu o lábio inferior, olhou fixamente para a porta do banheiro fechada, e percebeu que Wrath estava a menos de três metros de distancia, no chuveiro nu. Amanda não vai acreditar em mim quando contar para ela. Ela sorriu.
Wrath cerrou seus dentes e permitiu que a água atingisse seu rosto. Uma fêmea estaria dormindo em sua cama, apenas a centímetros dele e era humana. Imagens relampejaram na mente dele, as mulheres humanas que foi forçado a assistir para auxiliar que eles roubassem as sementes de seu corpo. Seu pau endureceu e quase não conseguiu conter um uivo de raiva.
Lauren não era responsável pelos testes cruéis da qual sobreviveu. Os funcionários da Mercile que o sequestraram da instalação de testes, antes que a polícia invadisse e libertasse os outros de seu povo, eram os culpados. O mantiveram enjaulado e acorrentado, preso em máquinas, puseram um capacete em sua cabeça que mostrava mulheres humanas nuas, se tocando e enchendo seu corpo de drogas de procriação para enlouquecê-lo com luxúria.
Virou sua cabeça para fora do jato de água, ofegado por ar, e olhou para baixo. Sua mão agarrou seu pau. A sensação de sua palma áspera, era muito diferente da máquina que ordenhava sua semente, para que os humanos vendessem para experiências. Segurou seu eixo para ajudá-lo a voltar à realidade. Ele não era mais um prisioneiro. Nenhuma máquina seria amarrada com correias em seu corpo, e Lauren era uma pessoa real, em vez de um humano sem nome em um vídeo que costumava ajudá-lo a se excitar. 40

O prazer ajudou a acalmar um pouco sua raiva. Estava controlado agora e se debruçou de costas contra o box do chuveiro frio. Seus olhos permaneceram fechados e imagens de Lauren filtraram em sua mente. Seu sorriso, o modo como seu cabelo loiro caia em suas costas, e o quão suave era sua pele. Seu corpo era tão diferente do das mulheres Espécies. Pálido. Generoso com curvas.
Gemeu enquanto movia seu pau mais rápido, e selava seus lábios firmemente para evitar fazer qualquer som quando gozasse. A tensão em seu corpo aliviou, quando se recuperou do clímax rápido e agarrou o xampu. Sentia falta de seu cabelo longo, mas era mais fácil de cuidar enquanto rapidamente o lavou e a seu corpo. Apressou-se no caso de que sua convidada ficasse com medo. Estava em um lugar estranho com machos totalmente desconhecidos para ela. 41

3 comentários:

  1. Deixa eu ver se eu li direito , ele acabou de bater uma? Kkkķkk. Mano tadinho ele sofreu tanto na mão daqueles bastardos (tô usando essa palavra direto pra xingar os outros, desde que comecei a ler esses livros kkkkk) triste 💔

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  2. Que situação eim! Mais engraçado que tudo conspira a seu favor... Será que a Amanda tbm terá chance com um nova espécie?

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